domingo, 1 de novembro de 2009

Vigilantes da obra

Operários da noite: enquanto as máquinas e merretas param, os seguranças tomam conta da Antônio Carlos
Boates, museus, hospitais e escolas. Festas de aniversário, shows, convenções e outros eventos. Em todos esses locais são comuns os seguranças trajados com terno ou em uniformes de trabalho bem parecidos com os dos guardas municipais. São eles os responsáveis por garantir a segurança do espaço físico e das pessoas que nele se encontram. Mas, o que nem todos sabem, é que em obras públicas como a que está sendo realizada na avenida Presidente Antônio Carlos esses profissionais também estão presentes.

No turno da noite quando os tratores já foram desligados e os operários vão embora é que eles aparecem. Todos os dias da semana lá estão os vigilantes tomando conta de toda a infra-estrutura da Antônio Carlos das 19h até às 7h da manhã. A função primordial desses trabalhadores é a de zelar pelos equipamentos, máquinas e até mesmo pelos pedestres que circulam próximo as mediações da obra.

É esta a rotina de Warlem Pereira de 26 anos, um dos 16 seguranças que compõem o corpo de funcionários terceirizados pela prestadora de serviços em segurança Minas Segur. Ele trabalha um dia pela madrugada inteira com apenas um pequeno intervalo para refeição e no dia seguinte ganha folga para repor as energias. "É um trabalho cansativo e que exige muita atenção durante todo o tempo, não posso permitir distrações e muito menos que o sono me atrapalhe", afirmou Warlem. "Nunca se sabe quando uma pessoa irá transpor a barreira de proteção para pedestres e consequentemente correr o risco de sofrer um acidente em uma vala ou buraco", completou.

Segundo Alvaro Silva Carneiro, coordenador do corpo de seguranças, as ocorrências mais comuns em seu posto de vigilância na Avenida Antônio Carlos são as obstruções de passagens feitas pelos pedestres. "Alguns mendigos invadem os trechos em obra para procurarem nos entulhos algo de valor, já os demais passam pelo caminho errado por terem pressa e imaginarem que pulando a malha de proteção irão conseguir uma espécie de atalho", informou o segurança.
Crédito: Ailton do Vale
Mesmo com toda a sinalização correta os pedestres que transitam próximo ao local da obra insistem em transpor as redes de proteção

Os vigilantes são instruidos para que em casos como esse solicitem aos pedestres que se retirem de imediato do local para que possam garantir sua segurança. Ao contrário do que muitos acreditam, em casos de de afrontamento ou qualquer outro desrespeito por parte daqueles que insistem em cometer alguma transgreção das normas, eles jamais devem reagir com truculência, mesmo porque o trabalho deles é o de garantir o bem-estar físico das pessoas que por ali estão e não o contrário. Sendo assim, a primeira ordem é a de comunicar aos chefes de departamento de segurança para que eles possam esclarecer à população que aquele não é o melhor local indicado para seguir caminho. Porém. se um determinado indivíduo persistir em violar as regras de conduta para os pedestres, os seguranças são obrigados a encaminharem a situação para as autoridades, alertando a polícia ou aos agentes da BHTrans.
Reportagem: Ailton do Vale

Um comentário:

  1. -Acentuação: instruídos (-1);
    -Ortografia: transgressão (-1).

    Bom texto!

    Nota: 23/25.

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